quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Brasil reivindica... um novo Brasil!!!



O movimento começou em São Paulo, como quem não quer nada, contra o aumento das passagens de ônibus. Não foi levado muito a serio e nem compreendido pela maioria da população.
A informação de que o valor de três mil reais, pagos por alguns líderes do movimento, como fiança, vinha corroborar que o movimento tinha conotação política, e vinha sendo manipulado por interesses escusos.
Na seqüência, a resposta, considerada exagerada da policia provocou um efeito em cascata, e o movimento cresceu, em dimensão e intensidade, ganhando as ruas de outras cidades e ampliando sua pauta de reivindicações.
O mau serviço público, a burocracia burra e ineficaz, a corrupção em todos os poderes e níveis de governo, a violência crescente contra o cidadão, o sinais de retorno da inflação, a falta de saúde e educação de qualidade, somados aos gastos exorbitantes na organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, a impunidade, para os crimes em geral e em especial para os de colarinho branco, as tentativas de se controlar e diminuir os mecanismos, mais eficientes de investigação de crimes contra a administração publica, a falta de respostas eficientes da justiça em casos como o mensalão.
Ficou claro que o grande catalisador deste movimento, foi a soma das frustrações, da perda de paciência, de todos os sentimentos de repudio e revolta, contra um regime que envelheceu e apodreceu, se distanciando cada vez mais dos interesses públicos e da voz das ruas.
Os políticos se acostumaram  com estas praticas mesquinhas e odiosas de se valer do povo apenas para se eleger, e depois passar os quatro anos de mandato se arrastando no congresso em negociatas e acordos espúrios que apenas respondem a interesses particulares e de aliados.
O povo, este é apenas o detalhes sem importância.  Que se dane. Os partidos governistas, estes sim adormeceram em berço esplêndido, ofuscados pela conquista do poder e pelo controle acachapante das instituições e mecanismos da democracia, via bolsas “qualquer coisa”.
Está cada vez, mais claro que o brasileiro não mais se contenta apenas com pão e circo. A cidadania de segunda categoria não nos serve mais. Os nossos governantes devem ouvir e sintonizar com esta voz angustiada e afoita, que ecoa pelas ruas e que reivindica com toda a força de sua nacionalidade um novo Brasil.



                                              João Drummond

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