segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A CORRUPÇÃO NOSSA DE CADA DIA

PUBLICADO EM SOCIEDADE POR NATANY PINHEIRO





Não é necessário estudar a fundo os livros de história do Brasil para entender o tema principal desse país: a corrupção.
Há alguns anos parece que a corrupção aumentou no Brasil – mas só parece, pois ela sempre esteve aqui. A verdade é que nossa nação, infelizmente, é alicerçada no conceito pejorativo do jeitinho brasileiro, na política do favorecimento e na idéia de que há coisas muito piores do que os nossos pequenos deslizes. Deslizes de cidadãos trabalhadores.
Mas o ato de corromper vai muito além dos políticos que dizem governar a nação. Corrupção, na teoria, é definida como o ato de corromper para conseguir vantagens. Mas na prática não é preciso ser político ou estar envolvido com grandes quantias de dinheiro para se engajar nessa prática. Todos nós, independente de classe social ou profissão – nós, os considerados cidadãos de bem, usamos de artimanhas para obter benefícios.
A questão é que corrupção não se mede, não tem melhor nem pior. Ela corrompe e ponto.
Esse artigo não foi escrito para julgar um ou outro. Pois somos nós, todos nós, os culpados por um país degradado, que separa pessoas em classes sociais por um muro com cerca elétrica. E que para trocar de lado é preciso levar muito choque.
Em maior ou menor escala, com ou sem a intenção, a verdade é que cada um de nós temos uma parcela de culpa nesse todo que está tão errado, tão ruim. Por que em âmbito social corrupção é muito mais ampla. Tem a ver com falta de educação, egoísmo e hipocrisia. É tudo aquilo que interfere na vida em conjunto de forma negativa


Por isso os corruptos somos todos nós.
Nós, os mesmos que saímos às ruas para protestar quanto ao aumento da passagem e que, na hora de declarar o imposto de renda, mentimos alguns pontos para não cairmos na malha fina.
Nós, que ficamos perplexos ao ver a lei sendo descumprida quando um assassino ganha liberdade, e que, horas depois, saímos de casa para beber sem nos preocupar com a lei seca. E se pegos numa blitz, nos recusamos a fazer o teste do bafômetro.
Os corruptos somos nós, que reclamamos da educação, mas xingamos os professores por fecharem as avenidas da cidade para protestar por melhores condições de trabalho. Nós, que no final do ano vamos colar na prova do ENEM e fazer piada nas redes sociais com as milhares de redações que tiraram nota 0.
Os corruptos somos nós, que assistimos Fantástico no domingo a noite e nos indignamos com a reportagem sobre a precariedade nos hospitais brasileiros. Mas que, na manhã seguinte, corremos ao médico fingindo uma gripe para conseguir um atestado e faltar no trabalho.
Os corruptos somos nós, que gritamos fazer parte de um povo alegre, acolhedor com os gringos, mas que subimos no ônibus sem olhar no rosto do motorista, que não respondemos o bom dia do porteiro e xingamos a atendente da lanchonete que errou nosso pedido.





O Brasil é construído por todos nós, os corruptos políticos e os corruptos cidadãos.


E acreditar naquela máxima de que uma andorinha só não faz verão não vai nos levar a nada. Afinal, você sozinho não pode mudar o mundo, mas pode ajudar a piorá-lo.

http://lounge.obviousmag.org/eu_gosto_e_do_estrago/2015/05/a-corrupcao-nossa-de-cada-dia.html

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Mapa da Corrupção no Mundo



Entre os países menos corruptos do planeta, os cinco primeiros SÃO CAPITALISTAS e dentre eles deixo apenas um nome... NORUEGA... Entre os mais corruptos do planeta três são comunistas e olha que atualmente o comunismo esta em extinção como forma SERIA de governo... E cito apenas um país... COREIA DO NORTE...
O Brasil ocupa um (des)honroso 72º lugar entre 177 países avaliados.

Mapa da Corrupção


O Índice de Percepção da Corrupção da Transparência Internacional é um alerta de que o abuso de poder, as negociações secretas e o suborno continuam a devastar sociedades ao redor do mundo.
Mais de dois terços dos 177 países avaliados neste ano estão com a pontuação abaixo de 50 pontos, em uma escala de 0, que representa um país altamente corrupto, a 100, que representa um país muito íntegro.
“O Índice de Percepção da Corrupção 2013 demonstra que todos os países ainda enfrentam a ameaça da corrupção em todos os níveis de governo", disse Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional.
Índice de Percepção da Corrupção 2013: Os resultados
No Índice de Percepção da Corrupção de 2013, Dinamarca e Nova Zelândia empataram em primeiro lugar com 91 pontos. Afeganistão, Coréia do Norte e Somália estão com os piores resultados, marcando apenas 8 pontos cada.
"Os melhores desempenhos revelam claramente como a transparência e o controle social podem combater a corrupção", disse Labelle. "Mesmo assim, os primeiros colocados ainda enfrentam questões como o abuso de poder, Estado capturado por interesses provados, dificuldades no financiamento de campanhas e a fragilidade de grandes contratos públicos que ainda são passíveis de corrupção”.
O Índice de Percepção da Corrupção é baseado em opiniões de especialista em corrupção no setor público. As pontuações dos países podem melhorar conforme a facilidade de acesso a informações públicas e regras que regem o comportamento das pessoas em cargos públicos. Por outro lado, a falta de prestação de contas e instituições públicas ineficazes faz com que haja uma queda nas pontuações.
Corrupção no setor público ameaça iniciativas globais
A corrupção no setor público ainda é um dos maiores desafios do mundo, particularmente dentro dos partidos políticos, da polícia e do judiciário, de acordo com a Transparência Internacional. É necessário que as instituições públicas sejam mais transparentes sobre o seu trabalho e em suas tomadas de decisão. Os casos de corrupção continuam sendo, notoriamente, difíceis de investigar e serem punidos.


Os esforços para responder às mudanças climáticas, a crise econômica e a pobreza extrema enfrentarão um obstáculo: a corrupção. Os organismos internacionais, como o G20, devem reprimir a lavagem de dinheiro, trabalhar para tornar as empresas mais transparentes e buscar o retorno de bens e ativos roubados.
"É hora de dar um basta aos atos de corrupção. As brechas na lei e a falta de vontade política irão facilitar tanto a corrupção nacional quanto a internacional, por isso é preciso intensificar os esforços para acabar com a impunidade dos corruptos", disse Labelle.

Capitalismo e Democracia


A corrupção no Brasil afeta diretamente o bem-estar dos cidadãos brasileiros quando diminui os investimentos públicos na saúde, na educação, em infraestrutura, segurança, habitação, entre outros direitos essenciais à vida, e fere criminalmente a Constituição quando amplia a exclusão social e a desigualdade econômica.

Na prática a corrupção ocorre por meio de desvio de recursos dos orçamentos públicos da União, dos Estados e dos Municípios destinados à aplicação na saúde, na educação, na Previdência e em programas sociais e de infraestrutura que, entretanto, são desviados para financiar campanhas eleitorais, corromper funcionários públicos, ou mesmo para contas bancárias pessoais no exterior.

PS: Entre os países menos corruptos do planeta, os cinco primeiros SÃO CAPITALISTAS e dentre eles deixo apenas um nome... NORUEGA... Entre os mais corruptos do planeta três são comunistas e olha que atualmente o comunismo esta em extinção como forma SERIA de governo... E cito apenas um país... COREIA DO NORTE...

O mapa da corrupção no mundo

domingo, 9 de agosto de 2015

O Problema não é a Corrupção?



O problema no Brasil parece não  ser mais a corrupção. Já que a corrupção é inerente a todo partido e todo governo, ou seja é inevitável, a questão é qual governo enche mais as panelas do povo, ( o que já é um grande feito). Deixamos então de sonhar com uma pátria e um governo livres,( ou pelo no controle) da corrupção.
Criticar a corrupção em um partido não significa estar de acordo com a de outros partidos, mas apenas não estar de acordo com a corrupção.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A Corrupção de Sempre e a Nova Justiça

A corrupção é da índole humana. Sempre existiu e continuara existindo. Nós crescemos ouvindo falar em comissões pagas aos políticos majoritários, em obras contratadas com dinheiro público, junto às empreiteiras.
Era tão banal que parecia legal. Tinha até um político em Minas que era conhecido por “quinzinho”. Esta era uma pratica comum e corriqueira: o político conseguia uma obra para seu município, promovia seu nome com o dinheiro do contribuinte e pegava uma gorda comissão com a empreiteira que tocaria a obra. O plano perfeito.
A empreiteira que não aceitasse pagar a propina nem participaria da licitação.  O crime de corrupção está prevista na constituição para qualquer um ver.
Ninguém pode alegar que não sabia. Acontece que algumas leis no Brasil são para valer e outras nem tanto. Com a morosidade da justiça e a falta de vontade e empenho de procuradores e juízes a coisa correu solta e este tipo de crime fez escola.
Ninguém estava se lixando para o que dizia a constituição, afinal todo mundo pagava e recebia propina. Para a empreiteira era um grande negócio: ganhava a obra, pagava a comissão e depois se anexavam adendos alterando o preço.
Na visão dos políticos quem pagava a propina era a empreiteira e não o erário, e isto era considerado valor relativo à sua competência ou tirocínio negocial.
O que mudou então para que esta prática começasse a ser tratada pela lei como reza a constituição?
A justiça mudou, foi renovada e ganhou fôlego com a chegada de novos juízes e procuradores. A isto veio se somar o aumento da autonomia do ministério público federal e da policia federal.
Outra questão pode ainda ser considerada. Há quem acuse do MPF e a PF de atuarem sem isenção, aplicando a lei de forma seletiva, e por interesse partidário.
Sendo isto verdadeiro é uma forma viciada de se aplicar a lei. A lei deve ser igual para todos. Se por um lado parte a maquina judiciária pode estar à serviço de um partido, todo o aparato executivo está nas mãos de outro partido que por sinal tem se valido dele de forma abusiva.
Dilma ganhou as ultimas eleições conforme a lei, mas o eleitor não lhe entregou um cheque em branco, e uma vez se sentindo enganado por falsas promessas de campanha, revoga informalmente seu voto na forma de rejeição detectada pelos institutos de pesquisa.
Apregoar números positivos dos governos petistas como compensação à corrupção é endossar a politica do "rouba mas faz". Uma hora a gangorra faz o caminho de volta e todas as conquistas sociais vão por terra.
Não menos por isto que a tese do Impeachment vem sendo considerada como uma possibilidade cada vez mais factível.
O Impeachment não pode ser considerado um golpe uma vez que está previsto na constituição.
Considerando estes dois poderes (executivo e judiciário) influenciados pela política partidária, o poder legislativo se torna o fiel desta balança, nesta queda de braço.
O congresso nacional é a arena onde os partidos se digladiam por espaço e poder e onde os interesses autofágicos falam mais alto. De lá pode vir o aval para a solução de um possível impasse político.
O problema é que qualquer que seja a solução o Brasil estará muito mal servidos com aqueles que têm por missão governá-lo. Ou seja: é o fogo ou a frigideira.

        

                                                                 João Drummond



domingo, 26 de julho de 2015

O Debate Político e as Alternativas para o Futuro

Porque o debate político vem se acirrando e se radicalizando nos últimos meses? Creio que uma das razões seria a insatisfação da sociedade brasileira com a condução de nossa política econômica.
Há quem defenda que a parte mais sensível do ser humano é o bolso. Se o cidadão não sentisse na pele os efeitos da crise, (que na verdade é em boa parcela mundial), não haveria campo de cultura para a radicalização deste debate.
Acontece que este debate só se torna produtivo no centro do espectro ideológico, onde as alternativas mais viáveis podem ser apresentadas de forma a responder as pautas democráticas.
O que interessa hoje ao cidadão comum? Continuar a trabalhar e usufruir da conquistas sociais e econômicas que o lançaram no maravilhoso mundo do mercado de consumo.  Isto significa pagar suas contas e continuar a ter acesso à segurança, saúde, educação, moradia, e tudo o mais que ele puder conseguir pelo trabalho direto e pelo retorno dos seus impostos.
O PT, que tem sido a grande novidade na política brasileira nas ultimas décadas, com suas políticas sociais, seu discurso ético, suas opções pelos menos favorecidos, mostra sinais de não consegue mais atender as expectativas da sociedade brasileira, principalmente no que se refere às políticas econômicas, (com reflexos diretos nas outras políticas).
O partido inchou e assimilou outras correntes partidárias, em nome da governabilidade. Muitas destas correntes se associaram ao PT por adesismo e conveniência e estão prontas a deixar o barco se ele começar (como já acontece) a fazer água.
A crise é passageira? Sim, como tudo o mais na vida. O grande problema é que não temos uma alternativa clara ao PT na política brasileira. O PSDB, o PMDB e outros partidos já estiveram como se diz popularmente “por cima” e não teriam hoje ferramentas adequadas para lidar com a crise.
A principal ferramenta seria a confiança do cidadão e eleitor na sua capacidade de gerenciamento da nossa economia.
Muito maior do que a crise econômica é a crise de confiança contra as classes dirigentes e as instituições públicas.
Observa-se neste quadro, de forma polarizada, o acirramento e radicalização do debate político refletidos em palavras de ordens e clichê que nada dizem e nada resolvem. Direita raivosa, esquerda burra, mídia conservadora, mídia reacionária, coxinhas, etc. são adjetivos que por si só trazem todo um arcabouço de idéias pré-concebidas que liquidam a inteligência de um debate.
O debate possível e produtivo só pode acontecer no centro da mesa do espectro ideológico. Podemos não concordar com as pessoas e suas idéias, mas temos que entender que elas também têm, assim como nós, o direito ao espaço numa democracia em construção como a nossa. Não dá para transformar o Brasil numa faixa de Gaza e querer que a coisa funcione a contento.
Nunca funcionou lá e nunca vai funcionar em lugar nenhum do mundo. O que seria de uma democracia se a “direita raivosa” ou a “esquerda burra” fizesse prevalecer suas convicções.
O que o Brasil mais precisa neste momento são de homens e mulheres de bom senso, que possam debater com maturidade nossos problemas e ajudar na construção de um grande pacto nacional, (político e social), que amenize a crise presente e que crie melhores perspectivas para o futuro.


                                                           João Drummond


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